Prometeu

“Já me encontro muito longe, ao norte de Londres, e andando pelas ruas de São Petersburgo sinto o vento frio do Norte fustigar o meu rosto, o que revigora meus nervos e me enche de prazer. Será que você compreende esta sensação? Esta brisa, que chega das regiões para onde estou caminhando, dá-me o antegozo daqueles dias gelados. Encorajado por este vento promissor, meus sonhos se tornaram mais ferventes e vívidos. Tento em vão persuadir-me de que o pólo é um local de gelos e desolação; ele sempre se apresenta à minha imaginação como um região de beleza e delícias. Ali […] o sol é sempre visível, com seu amplo disco apenas tocando o horizonte e difundindo um perpétuo esplendor. […] Que não se pode esperar num país de luz eterna? Posso descobrir ali a força maravilhosa que atrai a bússola…”.
Mary Shelley. FRANKENSTEIN : “Primeira Carta à Sra. Saville. São Petersburgo, 11 de Dezembro de 17..”.

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